Co-fundador da Bioware Acusa JRPGs de Estagnação

[Armitage]

Sim, os JRPGs estão estagnados.

Dito isso, esse co-fundador da Bioware é bem cara-de-pau, porque os jogos da própria Bioware também são todos "sempre a mesma coisa". Veja Dragon Age por exemplo, o atual queridinho deles, em quê eles inovam? Nada. O jogo é até bom, mas extremamente derivativo tanto a nível estético quanto de gameplay. Não ha nada ali que já não tenha sido feito exaustivamente na indústria.

Agora, se fosse algum co-fundador da velha Black-Isle a apontar o dedo para os JRPGs por estagnação criativa, aí eu concordaria. Afinal, os caras da Black Isle sim, desbravavam as fronteiras do gênero a cada novo lançamento (pra quem não os conhece, basta dizer que fizeram Planescape: Torment).


EDIT: acabei de ver que o Oda chegou na minha frente. Eu só acrescentaria que essa fórmula já vem desde Baldurs Gate, ou seja, antes de Neverwinter Nights.

[planes]

Agora, é cara de pau esse co-fundador da Bioware. Afinal, os jogos da própria Bioware são todos "sempre a mesma coisa". Veja Dragon Age por exemplo, o atual queridinho deles, em quê eles inovam? Nada. O jogo é até bom, mas extremamente derivativo tanto a nível estético quanto de gameplay. Não ha nada ali que já não tenha sido feito exaustivamente na indústria.

Mas ele não tem que inovar. Dragon Age é uma continuação espiritual, eles só não seguiram utilizando as regras de D&D como ponto de partida porque não acharam uma boa acompanhar a evolução que o RPG da WotC estava seguindo, a idéia do jogo não mudou.

Por outro lado não tem como negar o quanto Mass Effect é inovador no modo de se narra uma história, sua mecanica de dialogo é unica e deixa qualquer concorrente no chinelo, finalmente temos uma história de RPG ocidental bem narrada ao invés de multiplas escolhas estáticas de dialogo.

Neste ponto a Bioware é uma das principais empresas trabalhando na evolução dos RPGs ocidentais nos consoles.

[Armitage]

Agora, é cara de pau esse co-fundador da Bioware. Afinal, os jogos da própria Bioware são todos "sempre a mesma coisa". Veja Dragon Age por exemplo, o atual queridinho deles, em quê eles inovam? Nada. O jogo é até bom, mas extremamente derivativo tanto a nível estético quanto de gameplay. Não ha nada ali que já não tenha sido feito exaustivamente na indústria.

Mas ele não tem que inovar. Dragon Age é uma continuação espiritual

Sim, mas da mesma forma, posso dizer que os FFXXX também não têm que inovar, percebe? O que causa problema aí é o apontar de dedos acusando o outro de estagnação.

É o bunda-suja falando do calça-borrada.

Por outro lado não tem como negar o quanto Mass Effect é inovador no modo de se narra uma história, sua mecanica de dialogo é unica e deixa qualquer concorrente no chinelo, finalmente temos uma história de RPG ocidental bem narrada ao invés de multiplas escolhas estáticas de dialogo.

Desculpe a ignorância (eu joguei Mass Effect muito pouco, quando percebi que era mais da mesma "fórmula Bioware", eu desisti).

O que os diálogos de Mass Effect tem que os de Planescape: Torment não tem?

Neste ponto a Bioware é uma das principais empresas trabalhando na evolução dos RPGs ocidentais nos consoles.

O que pra mim não quer dizer muito, já que não tenho consoles. E com relação ao PC, o fato da Bioware ser a vanguarda do RPG atual é mais estarrecedor do que animador, na minha opinião.

[Lumine Miyavi]

Por outro lado não tem como negar o quanto Mass Effect é inovador no modo de se narra uma história, sua mecanica de dialogo é unica e deixa qualquer concorrente no chinelo, finalmente temos uma história de RPG ocidental bem narrada ao invés de multiplas escolhas estáticas de dialogo.

Não jogamos o mesmo jogo, ou então sua experiência com jogos diferentes resume-se a poucos; pra mim foi um mais do mesmo tentando ser diferente, e falhando.

O que os diálogos de Mass Effect tem que os de Planescape: Torment não tem?

Dubladores. =P

[Armitage]

Acho que entendi o que Planes quis dizer dos diálogos de Mass Effect. Eles são bastante cinematográficos, enfatizando bastante as expressões faciais e corporais, além de serem rápidos o que dá uma boa fluência narrativa. Se for isso, realmente tem razão.

[Eltor Macnol]

O artigo que eu linkei anteriormente - acho que na página 2 - aborda bem a diferença entre os diálogos de Mass Effect e os de Dragon Age, por exemplo. Os de ME são mais dinâmicos e tiram aquela sensação entediante de estar apenas assistindo passivamente uma série de monólogos.

[Lorde da Dança]

terceira página, quarto post

[Eltor Macnol]

Thanks

Link pro meu post que fala sobre isso:

viewtopic.php?p=168938#p168938

Link pro artigo sobre a dublagem:
http://www.destructoid.com/the-future-d ... 9838.phtml

[Armitage]

Interessante o artigo, Eltor. Deu vontade de conhecer esse Uncharted 2.

[planes]

Acho que entendi o que Planes quis dizer dos diálogos de Mass Effect. Eles são bastante cinematográficos, enfatizando bastante as expressões faciais e corporais, além de serem rápidos o que dá uma boa fluência narrativa. Se for isso, realmente tem razão.

Exato. O maior problema dos WRPGs é justamente a falta absoluta de ritmo, mesmo em jogos com ótimas dublagens parece que os NPCs estão dopados, olhando para o vazio enquanto você escolhe a opção de dialogo de um personagem tão vazio que nem uma voz possuem. Neste caso a virtude do jogo não está na narração e sim na liberdade, os JRPGs sempre mandaram bem no quesito contrário (Kingdom Hearts que o diga, inclusive não dá para falar de dublagem sem falar deste game).

Mass Effect (além de seu ótimo sistema hibrido de jogo) foi o primeiro a dar ambos, focando nas texturas dos personagens (há até filtro para diminuir o impacto do cenários nos dialogos) e adequando a escolha de resposta a velocidade da cena você volta a ter narração sem uso de CGs, o personagem principal inclusive interpreta sua escolha no dialogo, o melhor do WRPG e do JRPG em um sistema só.

O Dragon Age poderia até utilizar esta engine, mas a idéia é dar continuidade a uma franquia bem recente, ou seja, é explorar algo que ainda não está estagnado (na verdade acho que ainda faltam mais jogos assim nos consoles). O "problema" da estagnação do JRPG não está no jogo fazer a mesma coia da geração passada e sim ser a mesma coisa desde os idos do SNES, mas como já disseram no tópico estou louco para jogar um novo Suikoden que siga a mesma receita de bolo dos outros jogos da série (se possível mais parecido com os 3 primeiros)

[Lumine Miyavi]

Suikoden 3 ainda é o ápice da série, pra mim. Infelizmente, o 4 decepcionou demais...

[louc0]

O 5 é diliça Phiel. Faz até esquecer do 4.

[Lumine Miyavi]

Não tive chance de jogar direito, meu ps2 explodiu mais ou menos na época do lançamento.

[Armitage]

Não sei se estou seguindo o raciocínio aqui.

Não vejo a falta de ritmo dos WRPGs como "maior problema" de nada. Acho que há espaço para o estilo de jogo que os WRPGs atuais se propõe, da mesma forma que há espaço para o estilo de jogo que os ultimos Final Fantasies se propõem (filmes onde você só clica quadrado para avançar a estória e nada mais). Já tive experiências gratificantes nos dois estilos, e inclusive as "obras" eletrônicas que mais me deixaram de queixo caído foram justamente as que mais se aproximaram de um "livro interativo" (Planescape: Torment e Mind Forever Voyage).

O que me incomoda na indústria atual é ver o quão criativamente estéril ela está. Assim, o problema não está nos estilos existentes, mas nos "não-existentes". Do fim dos ´80 ao fim dos ´90 a indústria de games era uma espécie de vanguarda criativa, onde praticamente era esperado que cada game novo trouxesse idéias novas, tanto em conteúdo como em forma. Enquanto hoje em dia vemos apenas repetição das mesmas fórmulas estabelecidas (ha exceções, claro).

Tenho a impressão de que, cada vez mais, deixamos de ver jogos criativos e ousados na indústria por conta dessa economia de mercado cada vez mais brutal. Enquanto um jovem desenvolvedor sonha em botar suas grandes (e inovadoras) idéias em prática, um engravatado acima dele já vem com toda uma análise de mercado do que é ou não viável economicamente, e com todo o orçamento já planejado em cima disso. Daí as grandes idéias do jovem desenvolvedor são botadas de lado em prol de convenções tidas como "lucro certo" para a empresa. ISSO me incomoda.

[Eltor Macnol]

Novamente, um artigo recente do Destructoid que fala muito bem sobre essa situação:
http://www.destructoid.com/the-future-d ... 0773.phtml