Se dizer religioso não torna ninguem religioso.
Pra mim ficou claro que nesse caso a igreja que vinha pertubando o Chico devia ter menos religiosos que dentro da minha LAN agora!
Moderador: Moderadores
Se dizer religioso não torna ninguem religioso.
Pra mim ficou claro que nesse caso a igreja que vinha pertubando o Chico devia ter menos religiosos que dentro da minha LAN agora!
Acho, inclusive, que quem age assim não é crente de verdade.
http://en.wikipedia.org/wiki/No_true_scotchman
Sampaio escreveu:Foi quotar o Sampaio, pq ele é um cara sensacional que resumiu muito bem o que tinha a dizer sobre isso:
(até mais que nunca ter jogado Everway na Savassi)
Como eu disse antes, existem diversos "modos" de existência. Isso porque as várias áreas do saber a definem de uma forma diferente.
Para a Física, por exemplo, existir é poder ser medido e é a definição que mais se aproxima do conceito etimológico ou filosófico de existência, ou existência "em si". Nota-se que Deus não pode ter existência no sentido da Física, pois não pode ser medido.
Para a Matemática, existir é não ter contradições. Assim "2+2=5" não existe porque é contraditório. Deus poderia existir nesse sentido, mas seria um ente ideal, como os números, não uma existência real.
Para o Direito, uma lei existe quando é formulada e aprovada. Não precisa dizer que não tem sentido a existência de Deus segundo o conceito do Direito, além do que, as leis também não têm existência real ou existência "em si".
Em Axiologia, uma regra moral existe quando as pessoas concordam com ela. Deus também poderia existir nesse sentido, mas também não teria existência real. Seria apenas um consenso.
E tem aquilo que eu chamo de "existência real", "existência de fato" ou "existência em si". Chegamos facilmente a esse conceito se analisarmos o que a palavra "existência" quer dizer. Esta palavra vem do latim "existere", que por sua vez é formada por duas outras palavras: "ex, que quer dizer "fora", e "sistere", que quer dizer "estar", "permanecer"... Sendo assim, existir quer dizer "estar fora".
Mas fora de que? você perguntaria. Fora da nossa mente. Nós tomamos nós mesmos como referencial para definir o existente, mas é o mesmo que dizer que existir é estar no espaço, é estar aí (Dasein). Por isso dizemos que dragões não existem, supondo que todos concordem com isso, pois eles não estãoem nenhum lugar do espaço, só em nossa mente. Para que algo exista "em si", precisa estar no espaço. Por isso sua pergunta deveria ser feita para você mesmo: se existir é estar no espaço e Deus têm existência, onde é que ele se encontra?
Em qual desses conceitos de existência se Deus se encontra?
(...)
Nós implicitamente sabemos todos esses conceitos de existência, por isso distinguimos o sonho, que é algo que só está em nossa mente, da realidade, que é algo esterior a ela, que está aí (Dasein) no espaço. Mas também confundimos os conceitos. Às vezes achamos que as regras morais têm existência "em si", quando elas só existem "para nós". Para que algo exista "em si" é preciso que ele seja um Dasein, lembrando Heidegger, citado pelo Roger.
Mas aqui Deus entra num duplo dilema: se ele não está no espaço, não existe. Se está no espaço, ele não criou o espaço em que ele se encontra, portanto não é Deus.
Como não pode existir nada fora do espaço, então Deus só pode ser coexistente com o espaço. Dizer que algo existe fora do espaço é uma contradição. O Deus de Einstein e Spinoza são coexistentes com o espaço, portanto pode sim ser considerado existente - embora eu ache que não possa ser considerado um deus. O mesmo aconcete com o Brahman do hinduísmo (não confundir com Brahma, que é a personificação de Brahman).
Por isso respeito bastante estas idéias de deus e considermo-se até agnóstico quanto a elas. Mas um Deus que criou tudo, inclusive o espaço que o compreende não têm o menor sentido.
Como já disse antes: não acho que a existência de religiosos seja ruim. Ruim é escassez de religiosos críticos.
_Virtual_Adept_ escreveu:
Genial. Sério, assistam.
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