Moderador: Moderadores
Agnelo escreveu:Aí acho que é caso do ovo e da galinha.
Nossa justiça é extremamente lenta por causa do excesso de processos ou há excesso de processos por causa da lentidão?
Não sei responder isso ao certo, mas a quantidade de coisas que vai pra justiça sem necessidade certamente a torna ainda mais lenta.
publicano escreveu:Se esse seu princípio estiver correto, então a religião majoritária num país sempre deveria influenciar as leis. Isso é totalmente contra a definição de estado leigo. Na prática, essas coisas como bloqueio de bancada evangélica acontecem, mas isso me parece um lobby tão escroto quanto lobby de cigarro nos EUA, lobby de empresas automobolísticas, lobby de corporações que causam mal ao meio-ambiente, etc.
publicano escreveu:Clarificando o que eu falei: na mesa pessoal de um funcionário público, normal ele ter cruz e bíblia que for. Exposto na parede da repartição, é errado, por mais que seja 100% comum como vc mencionou.
publicano escreveu:E quanto ao exemplo da homossexualidade, eu citei a definição psiquiátrica anterior. O "certo" naquela época era considerar um homossexual um doente. Se um psiquiatra, NAQUELE PARADIGMA, NAQUELA ÉPOCA, alegasse ser contra essa definição e se recusasse a tratar um homossexual que fosse levado ao médico pelos pais, então ele estaria "indo contra a ética da profissão"?
É esse meu questionamento.
publicano escreveu: E o que eu argumentei é que, salvo médico de saúde pública, e casos emergenciais, o médico poderia sim se recusar a tratar um paciente, a meu ver, e dane-se Hipócrates. Não é como se fosse um doutor se recusando a operar um tumor.
banned_guardian escreveu:A saúde pública do nosso país é surpreendente. Surpreendentemente horrível.
Aqui na minha cidade, medicação que deveria tar disponível no SUS, de graça para a população, não é cedida. Pior, essa população carente tem que entrar com pedido judicial pra receber medicação que já foi determinada como grátis pelo SUS.
publicano escreveu:Então que seja, um zumbi dos palmares e um abolicionista eram vistos como criminosos ou incitadores de crimes.
A linha entre cometer crimes e agir para que certas coisas não sejam consideradas crimes é bem tênue... recentemente não houve aquela polêmica da marcha (ou passeata, sei lá) da maconha? Não botaram a polícia em cima de quem protesta pra mudar a lei?
Ora, eu não fumo maconha, odeio cigarro, e bebo pouco e só socialmente, cada vez menos, e sou a favor do fim da proibição de todo tipo de droga, a começar pela maconha.
Sou criminoso se for pra rua defender isso?
publicano escreveu:Tá certo, vcs vão dizer que não é a mesma coisa que um médico que teria uma responsabilidade em ser de acordo com princípios vigentes que ele pode não concordar... mas está tudo no mesmo bolo.
Se eu for americano não posso questionar as cagadas que os EUA fazem em nome de uma "segurança nacional", ou devo apoiar misérias como programas quase inacreditáveis tipo MK-Ultra só pq está de acordo com as necessidades da época.
Se eu vivesse na época da ditadura, deveria concordar com torturas indiscriminads pq senão estaria sendo antiético. Se eu fizesse que nem ___________ da minha família, que ajudava comunistas e prisioneiros políticos, estaria sendo também antiético? Se eu sou alemão na época da II Guerra é antiético não concordar com o fervor geral apoiando o nazismo?
Será que temos mesmo que concordar com a lógica vigente, ou com a lógica dos vencedores?
Meu pai teve um micro AVC no olho (...)
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