banned_guardian escreveu:FLAMEWARS START!Nenhuma criança é atéia. Faz parte da natureza humana "querer acreditar que algo mais existe", e a pessoa só vira ateu após adquirir certas capacidades de pensamento crítico que não estão disponiveis a maior parte das crianças.
Falácia. E pior, falácia de ciclo indutivo. O louco já disse: você pensa dessa forma pois foi criado pra pensar dessa forma. Puramente construção cultural. Uma criança sem induções culturais se limitará a ser apenas uma criança, sem esse desejo pré-existente.
Não cara, não é falácia. Vide o que eu e o cebola comentamos depois. Há estudos que indicam isso (não quer dizer que isso seja verdade, mas não lembro de nenhum estudo dizendo o contrário, que nossa natureza é atéia).
banned_guardian escreveu:Fato é: você vê como inofensivo pelo simples fato de estar habituado. Eu sou cristão e se alguém fizesse isso com meu filho na escolinha, levaria um processo e uma representação junto ao Ministério Público e ao MEC na hora. Não é porque é tua crença que a ação está certa.
Não é que estou habituado. Como disse, já deixei de ser cristão a bastante tempo, desde que começaram a crescer pelos no meu saco. Mas tento diferenciar quando alguma reação é justificada de quando é exagero.
banned_guardian escreveu:Se é pra descumprir texto da Constituição e achar tudo lindo e maravilhoso, então vamos todos sair às ruas e celebrar a Anarquia. Tá na lei máxima. Não é opcional/facultativo. É mandamental. Com autorização dos pais, pode. Arbitrariamente, e pior, em escola pública (de um estado laico que tem vedação expressa contra subvencionar cultos), beira o rídiculo.
Opa opa, ninguem está debatendo isso. Todo mundo que defende "isso não é grande coisa" já deixou claro que mesmo assim, a lei ta dizendo que não devia, então não devia ter acontecido. O que está sendo discutido é o quão grave isso é, e porque.
Intencionalmente ou não, é uma menção a um dos estereótipos mitológicos mais comuns entre Indo-Europeus (termo genérico para todos os povos que falavam a língua Proto-Indo-Européia, que deu origem a quase todos idiomas europeus modernos), que é a figura do "Pai Celeste" ou "Pai dos Céus" (vide El, um dos nomes do deus da mitologia judaico-cristã, assim como Júpiter/Zeus da mitologia greco-romana e Dyausa do panteão védico). Se misturar a figura do "Pai Celeste" com o "Deus do Sol" ou o "Deus dos Vulcões e da Guerra", você tem uma festa dos estereótipos divinos (e curiosamente todos esses eram usados para "Deus" no Velho Testamento).
O que é bastante racional, considerando que a figura do pai sempre foi a da pessoa que ensina, dá exemplos, pune, e (acho que principalmente) traz o sustento e tem a autoridade-mor. A invasão da mulher nestes dois ultimos nichos é coisa de meio século pra cá. Vai demorar mais alguns até que a figura de uma divindade maior feminima seja intuitiva.
Só fazendo um abuso extremo do uso "crença" é possível encaixar Ateus como "Crentes", mas aí o termo passa a perder sentido e se aplica a qualquer posição que exija que a pessoa se posicione a fazer/contra de algo.
Crença/Fé tem a ver com acreditar em algo sem que haja provas daquilo. Não existem provas de que não existe nenhum deus, então para acreditar nisso é preciso de Fé. Existem provas de que não existe o deus biblico judaico-cristão, mas se é só nisso que ateus acreditam, então deveriam se chamar acristãos, ou algo assim.
Bom, "religiosidade" é uma daquelas palavras mágicos que possuem diversos significados. Qual deles você está usando? (Eu sei, argumento semântico é um saco, mas eu não tenho com discordar/concordar sem ter certeza do que você está escrevendo).
Eu me referia a "crença na existencia de algum poder-maior por trás do universo, podendo este ter uma personalidade ou não, e ignorando todos os dogmas que podem utilizar este fato como desculpa para existirem".