No centro de um semi-plano criado para servir como base, uma figura enigmática permanecia sentado na sua cadeira luxosa bordada de cetim vermelho e preenchida das mais macias plumas; um humano atípico com os cabelos enrolados em tranças das cores do arco-íris formando duas conchas que pendem para cada lado de sua cabeça e desenrolam-se num rabo de cavalo que alcança a cintura, trajando vestes nobres feitas de seda oriental, algodão meticulosamente tingido de rosa e lilás e cetim feito a mão, praticamente um traje real cheios de babados e borlas (muitos!), com dezenas de flores bordadas em pétalas individuais por toda extensão de sua indumentária, sendo algumas ocultas por sua capa feita das mais perfeitas plumas coloridas na forma de dois pares de asas numa coloração gradual começando do vermelho-rubro ao azul-violeta, formando um arco-iris perfeito.
Enfim... uma bichona.
- "Fabulooooooso." - Sua voz afeminada ecoava pelos corredores e salas.
- "Chefe, o que houve?" - Ecoa de volta pelos corredores, enquanto o barulho de passos chega cada vez mais perto da cadeira do chefe. Ao longo do corredor bem iluminado, engrenagens podem ser vistas através de aberturas perto do chão enquanto as janelas superiores mostram o local como um palácio feito de mármore e decorado com as mais diversas bandeiras, escudos e flâmulas de diferentes origens: casas comerciais de dezenas de cidade, clãs raciais de mundo diversos e ordens militares dos mais variados reinos. Aparentemente, esse carinha viajou muito, literalmente.
Um meio-elfo de cabelos cinzas pouco longos, amarrados num pequeno rabo de cabelo, com seus vinte anos, vestido com um uniforme parecido com uma farda militar se aproxima do homem da cadeira.
- "O que houve, chefe?" - O jovem pergunta novamente.
- "É chegada a hora, Severino!" - O chefe entusiastamente responde ao seu subordinado - "Finalmente, as estrelas estão na conjunção certa, e poderemos fazer aquilo que nossa organização vem se preparado a séculos!"
- "Aquela missão, chefinho?"
- "O que MAIS seria, Severino? Contate os nossos agentes em cada plano, iremos começar agora a coletar indíviduos que se provem valorosos. Ou não!"
Do fundo do plano astral, uma estranha máquina, uma mistura entre uma técnologica náu com uma gigantesca mulher com três seres humanóides musculosos vestindo indecentes tangas de couro se segurando na parte posterior da máquina*, cruza o éter que existe (ou melhor, não existe) entre as esferas de existência, e planos dimensionais.
*
SPOILER: EXIBIR
A nau extraordinária pandimensional, com capacidade de viajar pelos mais diversos e insópitos recantos de toda existência conhecida (ou não), é fruto de árduas pesquisas tecnológicas e envolve a mais alta CIÊNCIA!! usada por seres de lugares que não seriam imaginados pelos mais sábios, bem... sábios.
Vale mencionar que o fato de aproximação deste meio de transporte tão exótico é desconhecido por todos seres vivos com excessão de três criaturas semi-oniscientes no universo no qual nos encontramos neste exato. Nenhum deles é remotamente importante para a introdução de um pequeno conto do tempo, que relata as aventuras de seres diferentes de dimensões diferentes, com idéias, caminhos e formas diferentes.
Uma verdadeira "Sopa Extraplanar", assim por se dizer.
<E rolam os créditos de abertura>
