Youkai X escreveu:crudebuster, que tal leres cenários como Mítica, Vikings e Crônicas da Sétima Lua, que com bem menos páginas conseguem cenários mais coesos e críveis. Aliás, no Crônicas da Sétima Lua dá pra ver bem como as raças padrão de D&D ganharam uma roupagem nova e sob descrições muito melhores do que Tormenta. Além dos reinos de lá não serem parques monotemáticos. E nem precisaram ser uma fucking empresa estrangeira colossal de influência mundial para tal. Aqui ninguém sustenta esse complexo de vira-lata, tá?
Que bom que não há complexo de vira-lata aqui, isso muito me alivia. Já disse que estive debaixo de uma pedra grande quanto à RPG, mas estou disposto a me atualizar.
Mas então o negócio é mal-feito, mal-cuidado mesmo? Jogado no livro de qualquer jeito? É esse o ponto onde Tormenta deve se mancar e não se vê maneira de mudar porque do jeito que está agrada ao público alvo e não há vontade política pra expandir o negócio?
Se é esse o foco, então beleza, entendi a crítica.
Oda Nobunaga escreveu:crudebuster escreveu:Kear escreveu:Onde exatamente a existencia de Reinos Parque Temático prejudica a diversão dos jogadores?
Sei lá, parece mais que há um ranço por Tormenta ser uma bobagem trevisloucada com apelo popular do que realmente um ódio por não ser uma obra literária de fino trato com capa de couro de lhama albina tratada pela camponesa que vai todos os dias ao campo colher lenha com ilustrações de Michelangelo, Donatello, Rafael e Leonardo, ou mesmo que se encaixasse no que esperam os que consumem coisas ditas indiscutivelmente melhores e mais legais.
É o mesmo discurso de quando comparavam gibis nacionais com os estrangeiros, por exemplo.
Tá difícil achar um critério consistente pra dizer que é ruim, além do óbvio "mas a <<firma estrangeira extremamente grande e com mercado estabelecido>> faz 2^64 vezes melhor, porque eles não conseguem fazer aqui?"
Já superamos a idéia de que RPG não é literatura, e o Trevisan não é Camões, no máximo um Pauno Tuelho. Ou não?
Tomare que quando a análise chegar dê uma iluminada nisso, um Spellcast sobre o assunto seria (ou será, assim que eu conseguir algum maldito arquivo pra me basear) uma ótima jogada.
Ok Então.
E se eu te falar que o Brasil publicou cenários de rpg no passado que possuem reinos temáticos e variados e nos mesmos livros esses reinos parecem realmente pertecerem ao mundo e sua cultura interage entre os reinos, dando a ilusão de um mundo que em seu contexto é possível?
Mítica é o exemplo extremo disso. São terras radicalmente diferentes uma das outras mas o livro fala da influencia que cada uma exercia sobre a outra e dá ganchos de como usar as diferentes culturas em conjunto para construir uma campanha interessante e exotica. Mítica pegou algo que é um problema em tormenta e fez daquilo uma qualidade.
Até mesmo o velho Tagmar fazia isso, em uma escala muito menor.
Aliás, eu posso te listar livros brasileiros que fazem isso. Boa parte deles o fez. Não é algo dificil ou raro. É que eles não sofreram do problema que Tormenta sofreu desde o primeiro dia, o cenário era uma desculpa para os criadores socarem tudo o que eles faziam na dragão Brasil, ele cresceu a partir dai, mas esses detalhes nunca foram realmente pensados a fundo pelo os criadores, e no final do primeiro livro de tormenta eles deixam claro isso tudo que foi dito.
E por favor, tentar invalidar uma crítica válida com patriotismo? Tormenta RPG atual custa 80 mangos. É possível achar livros de cenário em inglês no Brasil por esse preço, e em português por preços mais baratos. Então para o consumidor e jogadores, levar em conta outros cenários é algo que precisa acontecer.
E mesmo assim, mesmo se você pegar tormenta e não comparar com nada, e apenas aceitar o fato de como funciona os reinos de lá, aquilo apenas prejudica o mestre e jogadores com personagens inverossímeis em um mundo inverossímil. Denovo, isso não seria um problema se essa fosse a proposta do cenário. Mas não é. A intenção é que você tem que levar Tormenta a sério. E isso é um problema que surge mais em mesas onde interpretação e exploração são o foco. Em jogos mais casuais esse problema é quase inexistente. Porém em jogos mais casuais há jogos mais interessantes para o grupo se divertir, eu admito que eles são um tanto obscuros no nosso país mas é a verdade.
Entendi o seu ponto, desculpe a falácia básica, mas eu costumo fazer assim quando quero incomodar sem ofender, poucos moderadores aguentam mas a maioria deixa passar.
É ponto pacífico que Tormenta é uma zona, ninguém ligou muito pra dar sentido à coisa e derrepente ela ficou "séria" mas não parece que vai mudar, parece até que é uma característica dela agora ser zoneada e estranha...
Será que Tormenta só vende porque há divulgação? Se Mítica, Crônicas da Sétima Lua e Vikings são tão bons e botam Tormenta no bolso, além de serem mais baratos até, como é que esse troço vende?
Eu tive um Tagmar, com a tabela-encarte, escudo e tudo, se me lembro bem, ganhei num evento na Gávea, rolando um d100, o critério de sorteio de brindes aos mestres era o lance de dados, como fui o primeiro a rolar e deu crítico... Escolhi, levei pra casa e depois de ler um bocado emprestei e esqueci com alguém. Sempre houve aquele ranço de "cópia tupiniquim sem-vergonha" da Geração Xerox, mas tem seus méritos, tanto que agora como "open-source", o Tagmar 2 já tem uma legião a apoiá-lo, de longa data até.
E correndo por fora, estamos dispostos a dar umas dicas pra eles melhorarem isso ou com baraço e pregão conduzi-lo pelas ruas publicas ao lugar do esquartejamento, para que morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja arrancada a capa e levada a São Paulo Capital, aonde em praça pública será pregada em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu conteúdo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelas vizinhanças das livrarias que se atreveram a vender cópias até que o tempo também as consuma; declaram a obra infame, os membros deste fórum, e o colégio onde foi lançada será arrasado e salgado, para que nunca mais no chão se edifique e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia desta abominável criação...
A balança está pendendo pra segunda opção, mas há gente aqui dando uns toques na primeira.


[/troll]
Bons tempos aqueles em que você podia por um satã travesti num desenho de criança.




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