Matheus Borges Ziderich escreveu:Corvo: São $80 do "Tormentão" contra pelo menos $280 do conjunto básico de livros básicos de D&D (tanto 3.5 ou 4E).
Lol, não.
170 reais os três livros. Pouco mais da metade do preço que você falou. Mesmo se for levar em conta o preço de tabela ao invés de preço promocional, fica 80 (ldJ) + 70 (GdM) + 75 (MM) = 225. Ainda fica mais de 50 reais mais barato do que você falou.
Cuidado com as generalizações.
GoldGreatWyrm escreveu:Samurai= guerreiro.
Swashbuckler= ladino.
Swash sim, pode ser substituído tranquilamente pelo ladino. O Samurai não. A mecânica principal dele (Armas Ancestrais) não tem equivalente na 4e, embora eu acho que ele seria muito bem simulado com o Bárbaro Nobre Nato (usando só a mecânica, claro).
Matheus Borges Ziderich escreveu:Aí seria uma senhora picaretagem:" Aí galera, aguardem até não sei quando e gastem mais $80 pra ter o material completo. E Tormenta tem duas classes exclusivas (Samurai e Swashbuckler) que simplesmente teriam que mudar de descrição caso a Wizars publique sua própria versão destas classes.
Tipo o que eles fizeram agora? "Aí galera, aguardem até não sei quando e gastem mais 80 reais pro livro do cenário que vai sair depois pra que você consiga entender o mundo fora de Malpetrim. E se quiser mais detalhes, compre os livros antigos porque não vamos republicá-los atualizando pras regras novas"
Matheus Borges Ziderich escreveu:E M&M foi publicado por apenas $40 após uma negociação com a Green Ronin, para que o livro fosse mais adequado ao mercado brasileiro. Para tanto eles precisaram publicar o livro em PB e com capa mole. Cê acha que a Wizards ia aceitar que D&D fosse publicado nesses termos aqui no Brasil?
Foi uma briga pra permitir que GURPS fosse publicado em P&B. D&D não tem a mínima chance de ser publicado em formato econômico. Mas pro consumidor final, é estranho você ir na loja e ver um livro preto e branco do lado de um livro colorido com capa envernizada custando o mesmo preço.
Matheus Borges Ziderich escreveu:G.G.Wyrm: Cara, o LdJ2 não existia na época em que a 4E foi lançada. O Insider só é acessível em língua inglesa. Cê lançaria um jogo que dependesse tanto assim de um outro jogo? Ou lançaria seu próprio produto?
O Livro do Jogador 2 em português foi lançado 3 meses antes do Tormentão. A versão em inglês foi lançada quinze meses antes.
Matheus Borges Ziderich escreveu:Cara, as características fazem parte das raças: Um dos motivos pras vantagens raciais ganharem um "up" é pra que as diferenças ficassem bem claras. Não é "mero gosto pessoal dos autores", faz parte da ambientação
Sabe o que isso faz, no final? Reduz suas possibilidades.
Se você quisesse ser um guerreiro halfling, você tinha -2 de força. Se comparasse com o meio orc do grupo, você tinha -1 pra acertar (+1 de bonus de tamanho) e -2 no dano, mas tinha +2 de CA (+1 tamanho, +1 destreza) e +1 em todos os TRs (bonus racial). Então você compensava a penalidade de acerto com um bônus em outra parte, e o guerreiro halfling é viável.
Noo TRPG, se você quiser ser um guerreiro halfling, você ainda tem -2 em força, mas o seu companheiro bom de grupo é um minotauro guerreiro que tem +4 em força e +1 em CA, além de +2 de constituição pra terminar de matar o cavalo morto. Nesse cenário o halfling fica com -2 pra acertar (ainda tem +1 de tamanho), -3 de dano, -1 PV/nível, +1 de CA (só pelo tamanho), e +1 em TRs. A penalidade no acerto e dano é grande demais pra compensar um bônus pequeno do outro lado.
Compare agora um mago quaren com... sei lá, qualquer coisa fora elfo.
Pelo personagem mais forte ter subido consideravelmente de poder, as opções mais fracas deixam de ser opção. Antes você podia fazer um halfling guerreiro, ou um meio orc mago, e ser só LIGEIRAMENTE inferior ao outro jogador que pegou uma raça mais otimizada (levando em consideração que ambos combaram no mesmo nível, claro). Fortalecer as raças mantendo suas fraquezas antigas só aumenta essa distância.
Editado: Matheus Borges Ziderich escreveu:A Devir é uma editora que tem condições de fazer uma impressão maior, o que reduz o preço do livro, e colorida. Além disso eles trabalham com material previamente pronto.
Tu sabe que o lucro da Devir com RPG é ínfimo se comparado com o lucro com card games e comics, né? O D3 mesmo falava isso em EIRPGs passados.
E trabalhar com material pronto a Jambô também trabalha. M&M, Porto Livre, Aventuras Fantásticas, e Reinos de Ferro estão lá.
Matheus Borges Ziderich escreveu:Já a Jambô, uma editora muito menor, lança um material original.O que é mais caro que pagar uma licença: cria texto, sistema, ilustrações, diagramações e etc.
Depende. A maior vantagem de uma licença não é "porque é mais barato". Quase sempre é a praticidade de não ter que perder tempo criando alguma coisa. Além do que, o TRPG não criou quase nada: Ele usou o SRD de base, chupou algumas ideias do Pathfinder e do
D&D 4e Saga, e jogou uma cobertura de Tormenta em cima.
Pouca coisa no livro é realmente original a ponto de você falar "nunca vi isso em nenhum outro lugar". Lefeu e Quaren eu acho que são o único material realmente original ali. Samurai e Swash já vêm de publicações passadas (o samurai só trocou o "bônus em força" por "bônus em acerto e dano". O Swash é o mesmo do P&P). As raças básicas são a versão do Pathfinder mais bombadas. E por aí vai.
Matheus Borges Ziderich escreveu:Fora que a capa do livro é mais durável que a dos de D&D.
Lol, não. É exatamente a mesma gramatura.