por Otherwise em 27 Set 2010, 15:21
Tormenta é como Digimon.
Cada temporada traz uma versão diferente da história, com um monte de retcons e personagens antigos utilizados de forma diferente.
E tudo acontece "porque sim".
Um dos grandes problemas de Tormenta falhar na proposta de ser um cenário de campanha; na realidade, Tormenta acaba sendo um "pano de fundo" para jogar RPG, sendo que os eventos desse "pano de fundo" acontecem tendo os deuses ou os NPCs fodões como protagonistas.
Antes que alguém venha falar que A Libertação de Valkaria tem os PCs como protagonistas: o jogo sim, mas a história ignora quem são os libertadores, eles não aparecem depois pra mais nenhum evento importante, e o desfecho indica que era "uma história sobre os deuses, Ka-Ka e Val, com um desfecho romântico, em que os PCs são meros coadjuvantes".
Antes a deusa fosse mantida lá, presa. Ia ser mais interessante para o cenário. O mesmo vale para a Tormenta.
Existiam muitas coisas ainda a serem exploradas no cenário até que ele amadurecesse o suficiente para se buscar algo mais grandioso como a Tormenta.
Libertação de Valkaria, guerra contra a Tormenta, Guerras Táuricas... Parece que o grupo andou estudando o modelo de negócios da Marvel e da DC: eventos bombásticos, que mudam o status quo, uma vez por ano (ou perto disso). Pena que esse modelo não parece servir muito para um cenário de RPG...