Cara, História Sem Fim foi o filme em que chorei pela pimeira vez na frente das telas. Na parte em que o menino perde o cavalo, ele fica atolado e...Enfim, marcou minha infância.
Pulp Fiction é muito bom, assista Pablo.
Agora, Kill Bill ruim??
Lá vai um chamalhaço de crítica pra vc (escrevi isso em outubro de 2004):
KILL BILL Volume 1
Conforme eu disse desde que as luzes do cinema acenderam após o término do filme, este é um filme MUITO mas MUITO ousado. Lançar um filme destes como um filme para o grande público e sobre um investimento grande foi muito arriscado. Acho que a bilheteria razoável do filme se deu devido ao nome do tarantino e propagandas mesmo. E só. Acho muito difícil o grande público entender este filme.
O filme não tem pretensão alguma de ser racional ou fazer sentido. Não pretensão alguma de ser realista. É um filme insano. Ele faz uso ao extremo dos mais excessivos clichés de alguns estilos de filme. A maioria fica por conta dos westerns americanos e westerns spaguettis (western dfeito pelos italianos) e filmes orientais de artes marciais.
A história é propositalmente batida. Quem tem costume de ver os filmes mais antigos do Jack Chan já deve ter visto no mínimo uns três com histórias muito semelhantes. Sofreu apenas uma pequena corruptela na história de Tarantino. Geralmente é o seguinte:
O Dojo do protagonista é atacado ou ele é traído por algum grupo de alunos que tb estudavam com seu mestre. O protagonista quase morre, mas após recuperado vai atrás de vingança e sai enfrentando cada um de seus ex-companheiros, um a um, claro. E é claro, o mais foda deles fica por último.
Geralmente é isso.
Tarantino fez um filme sem medo e na verdade com o propósito mesmo, de encher de alguns clichés bem ridículos. O filme acaba ficando bem diferente mesmo, cheio dos excessos, mas nota-se que está é a intenção, passar uma sensação diferente com este filme. O filme é até mesmo visualmente exacerbado, com muitas cores fortes, iluminação bem clara, suor, carne e sangue.
Acabamos por ter a oportunidade de ver uma fotografia muito boa e cenas visualmente lindas.
E é claro, ele não se preocupa em justificar nada. Se ele quer ter uma cena de luta no escuro, apenas com as sombras lutando, causando assim uma certa confusão e uma cena marcialmente e cinematográficamente interessnate, então..TCHAN-NAN! A luz acaba enquanto eles brigam onde ele quer, e após o término da batalhas as luzes acendem!
Dentre muitas outras.
Das bizarrices (mas neste caso boas) estão tb a enfermeira caolha com um tapa olho com a Cruz Vermelha (!!hauhau), logo no começo do filme, uma noiva toda ensaguentada e destruída, a cena dos pés, a cena de quando a menina entra na casa no meio da batalha, a garota guarda-costas da Lucy Liu (toda cheia de indícios de provocação ao público e algumas coisas bizarras como ela lutando com aquele cravo com correntes), a cena da batalha na neve (completamente sem fundamento tb, mas visualmente bela), etc etc etc.......
Mas eu adorei. Se fosse a umas três semanas atrás eu daria 3 estrelas, mas recentemente aluguei-o e vi de novo. É quatro que ele merece mesmo. O filme pe lindo, ousado e despreocupado. É um filme diferente, que embora tenha características de outras produções, conseguiu ser original, cinematográficamente falando.
Como eu disse no começo, ele queria passar uma experiência cinematográfica diferente e conseguiu.
O filme é como um quadro renascentista. Cheio de cores e detalhes e cheio de informação (no caso os vários clichés e exageros em todos os sentidos). O que pode agradar ou não. Tem gente que curte mais o Miró...