por AKImeru em 09 Abr 2008, 21:40
O sol estava radiante naquela tarde.
Uma bola grande e gorda esverdeada respirava do lado de fora de uma tenta marrom com uma bandeira vermelha em seu topo. Em volta da criatura esferica se encontrava mais de quinhentos Orcs. Imponentes em suas armaduras de couro vermelho que cobriam apenas seu ombro direito e suas partes intimas, eles conversavam entre si, e esperavam. A bola na realidade era um Orc gordo, mas não um gordo bastardo qualquer. Oh não. Ele era Malock, o chefe da tribo. E o mais imovel dos Orcs. Talvez uma metafora sofisticada que o poder marcial não é a única força, ou apenas um Orc gordo, nunca isso ficará claro. Mas que ele é gordo, isso ele é claro.
"GRAN! GU! LAK!"
A esfera de banha balançava em uma dança ritmada e graciosa em cada silaba pronunciada, A careca daquele Orc gordo reluzia como um santo. Isso é se santos fossem carecas é claro. Os dentes do imenso orc era amarelados, sua roupa não passava de uma pequena tanga perdida na imensidão da carne. E sua voz era fina. Muito fina.
"MA! LO! CK!"
Por detrás daquele Orc gordo saia um jovem Orc. Ele era careca, ele não vestia nada além de uma pequena tanga vermelha encravada em seu traseiro e mostrando seu "pacote". Seus musculos contudo, eram esculpidos em pedras verdes. Os bicipes, os tricipes, os quadricipes, as costas, os ombros, tudo foi cuidadosamente treinado, estimulado, moldado. Medindo um metro e noventa, a figura musculosa parecia ser de um semi deus.
Se semi deuses fossem Orcs carecas musculosos é claro.
"Chegou o dia! Chegou o dia!"
Balbuciava o Orc gordo com sua voz de menina.
"Uma criança vira homem, o homem vira um velho, e o velho vira uma criança, e o ciclo da vida assim continua.."
Dizia o Orc-rapaz musculoso. Ele para seu discurso bruscamente e se vira de lado, flexionando seus biceps com força, fazendo-os crescer, veias verdes surgiram.
"...O ciclo da vida!"
E com sua exclamação ele estende sua mão direita aberta para o alto enquanto flexiona suas pernas.
A plateia solta um suspiro cheio de surpresa.
"Grangulak! Meu filho! Mostre...Mostre aos seus ancestrais...Aos bravos guerreiros presentes aqui hoje, que você se tornou um homem hoje! Mostre a eles o seu dom!"
Ainda segurando sua flexão de musculo, Grangulak berrou com toda sua força
"OH! SIM! IRMÃO-PAI! ME SINTO BEM! ME SINTO BEM!"
E então a cerimonia aconteceu. Os Orcs que circundavam a bola de banha e seu filho se aproximavam, ansiosos e curiosos.
"POIÁ POIÁ POIÁ!"
Grangulak executa um chute para cima com toda a sua força, e mantém sua perna direita extendida, forçando-a e revelandso todos os musculos de sua perna bem torneada. Veias saltavam, os musculos se moviam como se tivessem vida propria, como se tivessem alma.
"Pelo chefe-de-guerra! O garoto...O garoto...Ele é maravilhoso! Maravilhoso!"
Dizia um orc extasiado na plateia.
"POIÁ POIÁ POIÁ...IRMÃO!"
Grangulak berrava enquanto rapidamente colocava sua perna direita no chão e chutava rapidamente a esquerda. Os musculos surgiam. As veias saltavam. A alma aparecia.
"Oh!"
Um choque, um expanto para aquela plateia que se aproximava ainda mais do show.
"POIÁ!"
Ele retornava suas pernas. Seus musculos se retraiam por um momento. Grangulak fechava seus olhos, e a plateia começou a aplaudi-lo. Contudo, Malock, o Orc mais gordo de todos os tempos, berrava
"Esperem! Ainda não acabou! Ainda não acabou! Ele vai fechar a sequencia!"
A plateia então se silenciou. Seu extase se transformava rapidamente em medo. Ninguém nunca havia conseguido terminar a exibição de musculos ritualistica até o final com perfeição.
Grangulak abria seus olhos. Eles pegavam fogo. Ele mumurrava
"Me sinto bem, irmão."
E então ocorreu a explosão de musculos. Suas pernas se enrigeciam, cresciam, deixavam as veias crescerem. Ele começou a correr. A plateia se afastava do rapaz verde, que passava por entre eles como um trovão. Um corredor de barbaros se fazia, enquanto Grangulak corria por sua hombridade.
"POIÁ!"
Ele para bruscamente, de joelhos no chão. Seus olhos se fechavam, sua lingua passava por seus lábios...Foi aquilo que ele treinou sua vida todo. O ápice de sua existencia.
"POIAÁÁÁ!"
Ele então flexionada seus biceps com toda a força. Todos os anos de trabalho duro. Toda dor, sofrimento e lagrima, flexionados em seus musculos. Seu amor, seu odio, sua incerteza, sua mortalidade, sendo colocada em seus musculos. Naquele momento, não existia nada no mundo de Grangulak, a não ser a flexão de seus musculos.
"AAAAAAAAAAAAAHHHHH!"
Ele berrava, misturando lagrimas, dor e esperança, seus biceps brilhavam, cresciam, se movimentavam. A plaetia estava em silencio, alguns Orcs corriam de medo.
E então aconteceu.
Dos biceps de Grangulak, uma grande luz branca e imaculada surgiu.
"Mas o que scourges está acontecendo aqui?!?!"
Gritava a multidão que corria por suas vidas. O brilho ficava mais intenso, os musculos cresciam e se enrijeciam em proporção.
"UAGAHAVARAH!"
A dor era insuportavel, Grangulak não via nada a não ser a luz branca, imaculada. Então, devagar, seus musculos foram parando de se enrijecer, e de crescer, e voltavam ao normal. A luz branca sumia devagar também.
Contudo, Grangulak não estava mais em Kalimdor. Esbaforido, ele se levanta da rua de asfalto que estava de joelhos.
E a sua primeira visão foi a de um kobold de bronze, portando uma bandeira.
"Huff...Puff...Malock? Rapazes?...Huff...Onde...Eu...Estou...Irmão?"