Pré-Missão I - Reunião

Um time incomum de aventureiros de diversos planos viaja numa ~fabulosa~ nau pelo multiverso, em busca de acabar com os problemas dos cenários diversos de d20 (e, às vezes, o próprio cenário...)

Moderadores: Eltor Macnol, Lumine Miyavi, Moderadores

Pré-Missão I - Reunião

Mensagempor Lumine Miyavi em 08 Abr 2008, 10:23

Azeroth


Na ensolarada região costeira de Kalimdor, um grupo de orcs e meio-orcs são liderados pelo líder-xamã Dragrhak numa peregrinação ritual para a passagem de idade dos mais novos de sua tribo: os mais jovens chegaram a idade adulta e devem ser testados em diversos testes físicos, mentais e espirituais para serem considerados adultos. Entre eles está o filho do xamã, que deveria herdar suas obrigações e se tornar o novo líder, porém não é o que ele deseja.

Ele está a procura a liberdade, aventuras e uma oportunidade mostrar seus lindos músculos ao mundo, não... a todo universo.




Arton

Na ilha oriental de jade, a pequena Tamura situada ao leste da capital do reinado, Valkária, um dojo com quase uma centena de promissores candidatos a adquirirem armas feitas pelas técnicas milenares (apesar de tamura só possuir 500 anos, mas isso é outra história) são treinados e testados diariamente pelos mais rigorosos mestres.

Um destes mestres é o já lendário Rippoutai “Slime”, descendente de nobres e vítima de uma maldição gravíssima, que transformou seu corpo num cubo gelatinoso. Isso não o impede de ensinar o bushido aos mais jovens, é claro. E dois destes jovens são escolhidos como os principais detentores do seu estilo e incumbidos de viajar no mundo (e além) para demonstrar e testar sua força.




Toril

Vale das Sombras, lar de heróis e da lenda conhecida como Elminster. Cercado por espíritos elementais e fadas que são atraídos pela energia mágica residual emanada pelo mago que uma vez já carregou toda essência da magia em si.

Fadas essas que se aproveitam da facilidade e da densidade da Trama para abrir pequenas brechas na realidade em rituais complexos e migrarem a outros mundos, para outras dimensões e planos. Enfrentando uma jornada difícil, uma fada com um certo método não-ortodoxo de vida consegue se aproximar (invisível) de Elminster e se prepara para a jornada que mudará sua vida.




Tokyo

Torre de Tokyo. Local de batalhas sangrentas, rampa de decolagem para espaçonaves em momentos de emergência e até mesmo o local aonde o juízo final foi evitado por uma menina de 10 anos e seu urso/leão de pelúcia mágico.

Enfim, mais uma vez, ela chama por uma pessoa, e de todas as pessoas do mundo (leia-se, Japão), apenas uma delas ouve o chamado, sendo atraída como uma mariposa para a luz.




Sigil

Sentado numa das poucas praças públicas de Sigil, a praça Meepo, adornada com a estátua de um Kobold segurando uma bandeira, o forte minotauro com os pêlos tingidos de loiro observa as conjunções planares que ocorrem freqüentemente. Navios Arcanos revestidos por uma bolha de energia atracam como quase todos dias enquanto o forte humanóide observa com uma certa nostalgia uma trupe de artistas desembarcarem.

Cerrando seus punhos de raiva, ele vê atentamente o fundo do horizonte (mais exatamente a beira do horizonte, Sigil é uma rosquinha) a aproximação de uma nau planar como nunca viu antes, com formas ligeiramente humanóides, cobertas por uma capa de couro com dezenas de metros, ocultando sua aparência verdadeira.

Não haviam dúvidas no coração bovino do minotauro. Era esse o sinal que a cigana havia dito: a sua viagem finalmente começaria.





(Off: Então, quem quer começar?
Off2: Parte de Kamui editada!)
Editado pela última vez por Lumine Miyavi em 22 Abr 2008, 10:03, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Moon[K]Night em 09 Abr 2008, 13:12

Arton - Tamura - Amanhecer

Kamui Yashirou acorda aos primeiros raios de luz que adentram o seu quarto pela janela aberta. Junto à claridade uma leve brisa gelada entra pela janela, sinal de que sua deusa o esá abençoando essa manhã.
Como de costume, arruma sua cama com lençóis novos com estampas de galhos brancos e flocos de neve, símbolo de sua Deusa Yuki Onna. Indo em direção ao seu banho matinal, lembra de seu novo desafio que começa a partir de hoje. Hoje ele é um Fuyu Senshi, guerreiro sagrado que conseguiu a honra de ser guardião pessoal de sua Deusa.
Ao sair do banho, dirige-se a seu armário de onde pega sua nova vestimenta de seda, adornada com galhos brancos e pétalas de flores brancas em um longo tecido azul-claro. Ri ao ver o símbolo de seu mestre nas costas de seu kimono, uma geléia vermelha.
Kamui lembra de seu mestre o estranho Rippoutai Muramasa, e nota que vermelho significa concentração, perfeição na língua exótica de seu mestre.
Ao terminar de se arrumar, dirige-se ao salão onde irá receber o seu novo Daishô. Estranhamente ao sair sente o chão tremer, nada perceptível para alguém que não foi treinado por Rippoutai.


" - Sinto uma leve vibração na força."

Segue até o salão.

Correções: Meu personagem é de Tamura e não Ni-Tamura. Meu mestre já tem nome, Lulu. E o nome dele, Rippoutai, significa coisa mole.
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Mensagempor Mai em 09 Abr 2008, 14:52

Terra - Tokyo, Japão - Amanhecer

Haruka acordou com os pulos incessantes de Dir'En Mizer sobre suas costas. Acordou de mau humor. Um tapa seguro derrubou o mini-j-rocker de 20cm de altura no chão, atordoado.

- O que você quer, miniatura? - ela resmunga, sonolenta.

- Não está ouvindo?

Uma melodia. Aqueles acordes... Aquela voz...

- Isso é... X-Japan?! Ao vivo?! - ela levanta de um salto, o mau-humor passando. - LEGAAAAAAAAAAL! Mizer-chan, vamos! - diz, trocando de roupa e disparando janela afora na direção da Torre de Tokyo...

[À propósito, ela vai pulando de prédio em prédio. É mais legal xD]
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Mensagempor Aluriel de Laurants em 09 Abr 2008, 16:32

Esqueceram de me chamar !!! (lumine cheque seu e-mail mais tarde).
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Mensagempor AKImeru em 09 Abr 2008, 21:40

O sol estava radiante naquela tarde.

Uma bola grande e gorda esverdeada respirava do lado de fora de uma tenta marrom com uma bandeira vermelha em seu topo. Em volta da criatura esferica se encontrava mais de quinhentos Orcs. Imponentes em suas armaduras de couro vermelho que cobriam apenas seu ombro direito e suas partes intimas, eles conversavam entre si, e esperavam. A bola na realidade era um Orc gordo, mas não um gordo bastardo qualquer. Oh não. Ele era Malock, o chefe da tribo. E o mais imovel dos Orcs. Talvez uma metafora sofisticada que o poder marcial não é a única força, ou apenas um Orc gordo, nunca isso ficará claro. Mas que ele é gordo, isso ele é claro.


"GRAN! GU! LAK!"

A esfera de banha balançava em uma dança ritmada e graciosa em cada silaba pronunciada, A careca daquele Orc gordo reluzia como um santo. Isso é se santos fossem carecas é claro. Os dentes do imenso orc era amarelados, sua roupa não passava de uma pequena tanga perdida na imensidão da carne. E sua voz era fina. Muito fina.

"MA! LO! CK!"

Por detrás daquele Orc gordo saia um jovem Orc. Ele era careca, ele não vestia nada além de uma pequena tanga vermelha encravada em seu traseiro e mostrando seu "pacote". Seus musculos contudo, eram esculpidos em pedras verdes. Os bicipes, os tricipes, os quadricipes, as costas, os ombros, tudo foi cuidadosamente treinado, estimulado, moldado. Medindo um metro e noventa, a figura musculosa parecia ser de um semi deus.

Se semi deuses fossem Orcs carecas musculosos é claro.


"Chegou o dia! Chegou o dia!"

Balbuciava o Orc gordo com sua voz de menina.

"Uma criança vira homem, o homem vira um velho, e o velho vira uma criança, e o ciclo da vida assim continua.."

Dizia o Orc-rapaz musculoso. Ele para seu discurso bruscamente e se vira de lado, flexionando seus biceps com força, fazendo-os crescer, veias verdes surgiram.

"...O ciclo da vida!"

E com sua exclamação ele estende sua mão direita aberta para o alto enquanto flexiona suas pernas.

A plateia solta um suspiro cheio de surpresa.


"Grangulak! Meu filho! Mostre...Mostre aos seus ancestrais...Aos bravos guerreiros presentes aqui hoje, que você se tornou um homem hoje! Mostre a eles o seu dom!"

Ainda segurando sua flexão de musculo, Grangulak berrou com toda sua força

"OH! SIM! IRMÃO-PAI! ME SINTO BEM! ME SINTO BEM!"

E então a cerimonia aconteceu. Os Orcs que circundavam a bola de banha e seu filho se aproximavam, ansiosos e curiosos.

"POIÁ POIÁ POIÁ!"

Grangulak executa um chute para cima com toda a sua força, e mantém sua perna direita extendida, forçando-a e revelandso todos os musculos de sua perna bem torneada. Veias saltavam, os musculos se moviam como se tivessem vida propria, como se tivessem alma.

"Pelo chefe-de-guerra! O garoto...O garoto...Ele é maravilhoso! Maravilhoso!"

Dizia um orc extasiado na plateia.

"POIÁ POIÁ POIÁ...IRMÃO!"

Grangulak berrava enquanto rapidamente colocava sua perna direita no chão e chutava rapidamente a esquerda. Os musculos surgiam. As veias saltavam. A alma aparecia.

"Oh!"

Um choque, um expanto para aquela plateia que se aproximava ainda mais do show.

"POIÁ!"

Ele retornava suas pernas. Seus musculos se retraiam por um momento. Grangulak fechava seus olhos, e a plateia começou a aplaudi-lo. Contudo, Malock, o Orc mais gordo de todos os tempos, berrava

"Esperem! Ainda não acabou! Ainda não acabou! Ele vai fechar a sequencia!"

A plateia então se silenciou. Seu extase se transformava rapidamente em medo. Ninguém nunca havia conseguido terminar a exibição de musculos ritualistica até o final com perfeição.

Grangulak abria seus olhos. Eles pegavam fogo. Ele mumurrava


"Me sinto bem, irmão."

E então ocorreu a explosão de musculos. Suas pernas se enrigeciam, cresciam, deixavam as veias crescerem. Ele começou a correr. A plateia se afastava do rapaz verde, que passava por entre eles como um trovão. Um corredor de barbaros se fazia, enquanto Grangulak corria por sua hombridade.

"POIÁ!"

Ele para bruscamente, de joelhos no chão. Seus olhos se fechavam, sua lingua passava por seus lábios...Foi aquilo que ele treinou sua vida todo. O ápice de sua existencia.

"POIAÁÁÁ!"

Ele então flexionada seus biceps com toda a força. Todos os anos de trabalho duro. Toda dor, sofrimento e lagrima, flexionados em seus musculos. Seu amor, seu odio, sua incerteza, sua mortalidade, sendo colocada em seus musculos. Naquele momento, não existia nada no mundo de Grangulak, a não ser a flexão de seus musculos.

"AAAAAAAAAAAAAHHHHH!"

Ele berrava, misturando lagrimas, dor e esperança, seus biceps brilhavam, cresciam, se movimentavam. A plaetia estava em silencio, alguns Orcs corriam de medo.

E então aconteceu.

Dos biceps de Grangulak, uma grande luz branca e imaculada surgiu.


"Mas o que scourges está acontecendo aqui?!?!"

Gritava a multidão que corria por suas vidas. O brilho ficava mais intenso, os musculos cresciam e se enrijeciam em proporção.

"UAGAHAVARAH!"

A dor era insuportavel, Grangulak não via nada a não ser a luz branca, imaculada. Então, devagar, seus musculos foram parando de se enrijecer, e de crescer, e voltavam ao normal. A luz branca sumia devagar também.

Contudo, Grangulak não estava mais em Kalimdor. Esbaforido, ele se levanta da rua de asfalto que estava de joelhos.

E a sua primeira visão foi a de um kobold de bronze, portando uma bandeira.


"Huff...Puff...Malock? Rapazes?...Huff...Onde...Eu...Estou...Irmão?"
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Mensagempor Lumine Miyavi em 22 Abr 2008, 11:05

Kamui se aproximava da escadaria coberta por uma tapeçaria mostrando os feitos do passado, demonstrando os feitos dos membros do clã Muramasa nos últimos 350 anos:

  • A corajosa Hanabi Muramasa que derrotou sozinha um dragão negro com apenas sua coragem (e alguns quilos de explosivos, pois era fabricante de fogos de artifício);
  • O nobre Hiiro Muramasa, um dos primeiros e mais notáveis Fuyu Senshi de outrora, sendo conhecido como o fundador do estilo atual do dojo Muramasa;
  • Kin-Suzume-Bachi Muramasa, uma artista marcial que serviu como diplomata para o reinado, e recebeu o apelido de "Vespa Dourada" ao vencer o líder do protetorado de cem anos atrás;
  • E mais recentemente Gin-iro Muramasa, o pai de Rippoutai, conhecido como a lâmina brilhante, devido a seus cabelos cintilantes da cor prata.
  • A imagem de um cubo vermelho portando espadas com pseudopodes enfrentando uma enorme centopéia púrpura adorna o topo da tapeçaria. Todos os alunos se lembraram para sempre desta imagem, quando presenciaram pela primeira vez a extensão real das habilidades do mestre.

Assim como Kamui, os outros alunos também estavam ligeiramente apreensivos com o silêncio do mestre, solenemente de costas para todos num sinal de respeito esperando que todos os alunos se aproximassem. Apenas sua bandana amarrada se levanta gentilmente com a suave brisa matinal.

Com sua voz intensa (devidamente traduzida através de uma pequena esfera dourada que flutua sobre o corpo geometricamente perfeito), Rippoutai começa a discursas, ainda sem virar.

- Não há maior satisfação para um mestre do que ver seus alunos crescerem. Todos vocês estão aqui para recebem a prova que atingiram o nível exigido para serem considerados adultos pelo dojo dos Muramasa. Receberão o daishô forjado pelas mãos dos mais dedicados ferreiros do mundo.

Rippoutai se vira, mostrando sua “face” séria como sempre, mas com um certo ar de orgulho em suas palavras.

-...Com estas novas espadas, procurem manter sempre a concentração. Estas lâminas são a prova de que são dignos de portarem... Não, de manterem a honra de Tamura!

Cada um dos alunos é lentamente entregue um embrulho de couro contendo duas espadas, uma maior, chamada Katana, e outra menor, chamada Wakizashi. São os símbolos e a honra da casta dos samurais. Todos recebem suas espadas, exceto Kamui.

-...Você, meu jovem Fuyu Senshi... Não precisa de um novo daishô. Você como o número um, carregará a responsabilidade de manter o nome do estilo de luta e de passar adiante os ensinamentos para a próxima geração. Mesmo que não tenha tanta força como “ele”, sei que tem dentro do seu coração o potencial para se tornar mais forte.

Rippoutai lentamente ergue um alçapão abaixo da placa principal do seu dojo com um pseudopóde e levanta uma caixa de madeira. Retirando o lacre com o símbolo do clã Muramasa, a caixa é aberta revelando seu conteúdo: uma herança de 350 anos, tão afiada como no dia que fora forjada. O Daishô Muramasa.

SPOILER: EXIBIR
Imagem


- Kamui, mesmo que eu tenha tratado-o com rigor nestes últimos anos, você é o mais digno de ser meu sucessor. Eu tenho um pressentimento de que o meu tempo de partir está mais próximo do que eu gostaria.

Após estas proféticas palavras, um leve tremor faz o chão levantar um pouco de poeira.
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Lumine Miyavi
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Mensagempor Moon[K]Night em 29 Abr 2008, 19:31

Uma emoção tomou conta de Kamui ao receber de seu mestre o tesouro mais sagrado do Clã Muramasa. Algo que o remoeu por dentro de uma forma que não havia sentido ainda ainda. uma mistura de orgulho com prazer. Estar recebendo este artefato ancestral no dia de sua formação, após ver estampados em uma tapeçaria os seus antecessores, seu heróis, e perceber que, um dia, poderia estar entre eles era algo que não podia se explicar em palavras. Receber um prêmio desses na frente de todos os outros alunos, principalmente, na frente dele. No momento que ele vem a mente seu rosto procura sua face entre todos à volta.

" - Onde ele está?"

Ao redor encontravam-se todos os alunos de Rippoutai, menos ele. Em um momento tão importante uma pessoa como ele não deveria faltar, mesmo perdendo da forma como ocorreu. Súbito a roda aquele clima de silêncio, um grande estrondo corta o silêncio como uma Katana corta um lenço de seda. O clima estava muito bom, era dia de um casamento de um Executor de uma nobre família de Tamura, havia muitas festividades alheias a sua consagração como Fuyu Senshi. Novamente estrondos sucessivos cortavam o silêncio afora, cada estrondo mais forte que o outro. Gostas de chuva começaram a serem ouvidas por todo o salão. Parece que Lin Wu deveria estar nervoso com alguma coisa. Gritos vindos da entrada do grande salão cada vez mais perto e alto começaram a serem ouvidos. Rapidamente todos os recém-formados Fuyu Senchi estavam em prontidão esperando apenas um sinal de seu mestre para agir. A porta se abriu revelando um grupo de mulheres e soldados cobertos por sangue. Sangue que não pertencia a eles. Era como se tivessem pulado em um rio de sangue, estavam cobertos de sangue ao completo. Suas faces aterrorizadas como se tivessem visualizado algo não pertencente a esse mundo.

"- Fuyu Senshi! Formação Senshinryoku!"

A voz de Rippotai se faz ouvida por todos os presentes, assim como sua "pele" tornou-se azul escura.

Rapidamente todos os jovens guerreiros se colocam em prontidão, protegendo a todos em volta e observando o movimento dos recém-chegados. A expressão vista em seus rostos é de uma loucura tamanha que os faz atacar os presentes como se fossem monstros. Como um relâmpago os Fuyu Senshi movem-se e protegem as pessoas dos intrusos insanos.

Mais gritos se ouviam vindos de fora, mais estrondos abalavam a estrutura do Dojo. Gritos de batalha ecoavam por toda à frente do templo.

"- Kamui!Vá até o quarto da Dama e a escolte para fora daqui!"

Disse seu mestre.

"- Osu!"

Kamui preparou-se rapidamente e obedeceu à seu mestre, correu através dos corredores e seguiu para o salão da Bela Dama. Ao sair pode escutar ao fundo sons de espadas sendo sacadas e as vibrações de corpos caindo ao chão. Essa era uma batalha que queria lutar, mas como escolhido de Rippoutai, devia salvar sua deusa acima de tudo.

Chegando ao salão presenciou uma cena terrível. Todos os móveis estavam quebrados. Havia sangue por todos os lados. As protetoras da Bela Dama haviam sido cruelmente assassinadas por alguém.

"- Quem fez isso?"

Disse Kamui, esperando que alguém o pudesse responder. Continuou correndo até que chegou ao quarto de Yuki Onna, a Bela Dama. Estava intacto, era como um paraíso no meio do inferno. No centro encontrava-se ela, majestosa em seu traje cerimonial azul e branco, com as folhas brancas estampando por todo o seu corpo os símbolos de sua divindade. Alheia a tudo, ela estava muito calma. Parecia saber o que ocorrera, até mesmo como ocorrera.


"- Bela Dama, precisamos sair daqui. Por favor, venha comigo."


"- Não há para onde ir, jovem Kyuuseishu Shingi. Isso já estava previsto... Para um mundo sobreviver outro terá que morrer. Um herói surgirá do mundo devastado para salvar aquele que o necessita."

Sua voz saiu calma e convicta. Era como se ela sempre tivesse esperado tal momento. Kamui não conseguia compreender o que ocorria. Não poderia deixá-la para morrer. Era seu protetor, não a deixaria morrer em seu dia de nomeação. Não a deixaria morrer jamais.

"- Venha, Senhora da Neve. Seu destino é outro. Não deixarei você morrer aqui."

"- Ora... Ela não irá morrer aqui. Já você,Fuyu Senshi, morrerá agora!"


Uma frase foi proferida por uma voz rouca e bastante grave. Era como se um animal fala-se como um homem. Quem era a pessoa que estaria proferindo tais palavras?

Em um movimento rápido, Kamui sacou sua espada em direção a voz. Um som de espadas se tocando fez-se ecoar por todo o quarto. A visão de seu adversário era uma face demoníaca. Encoberto por uma armadura negra e vermelha, parecia uma grande armadura que andava e falava sozinha. Seu elmo era a face de um demônio, completamente vemelho. Era de costume ver armaduras daquele tipo, porém aquela não parecia ser desse mundo, parecia estar viva.

"- Belo Battojutsu. Não é o suficiente para o livrar da morte."

Com um único movimento, o Demônio de armadura tirou sua base e perfurou o peito de Kamui. Parecia não acreditar no que estava acontecendo. Ele não poderia ser derrotado assim, não daquele jeito. Não antes de salvar sua Deusa.

"- Isso é o seu Kyuuseishu Shingi? Esse é aquele que escolheram para protegê-la?"

Caído, Kamui sentia sua vida esvair-se, sua alma não queria mais ficar naquele corpo, naquele mundo. Sua visão foi ficando vermelha, turva, seus olhos estavam se fechando. Mas visualizava ainda as pernas do Kisho Yoroi no Kuro andando em encontro à Deusa. Seus olhos se fecharam, mas pode ouvir as últimas palavras de sua Deusa ao invasor.

"- Você pode me proteger, mas jamais será meu guardião."
Editado pela última vez por Moon[K]Night em 09 Mai 2008, 22:43, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Lumine Miyavi em 06 Mai 2008, 16:43

Em sua breve viagem a inconsciência, talvez morte o jovem Fuyu Senshi ainda ouviu as palavras de sua deusa como se fossem uma prece para o guiasse gentilmente.

A dor gradualmente parou e o tempo lentamente cessou de existir. Kamui sentia-se imerso em águas mornas de maneira confortável gentilmente sendo levado pela correnteza. Ao abrir seus olhos, percebeu-se vestido com diferentes vestes, um kimono azul e vermelho com tons roxos, com o símbolo de seu mestre mesclado com o símbolo de sua deusa nas costas.

Expandindo seus sentidos com um pensamento determinado, viu dezenas de outras pessoas que como ele flutuavam gentilmente em direção a uma luz dourada acima de todos, sendo recepcionados por pétalas de cerejeira que surgiam de fagulhas luminosas que eram dispersas pela luz.

Centenas de milhões de pensamentos diferentes passavam pela cabeça de Kamui. Ele é surpreendido por uma pequeno globo de luz que se aproxima dele, veloz como um pássaro.

- Não vá se preocupe, tudo vai dar certo, Fuyu Senshi.
Editado pela última vez por Lumine Miyavi em 11 Mai 2008, 17:33, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Moon[K]Night em 09 Mai 2008, 23:19

Confuso com o que ocorreu, Kamui ainda não compreende ao certo onde estava e como estava. Estaria no plano espiritual de sua Deusa? Não poderia, não existiriam tantos seguidores de sua deusa em Arton, principalmente por não fazer parte do Panteão. Ao perceber o Globo de Luz, surpreendesse ao ouvir uma voz, muito familiar a ele.

"- Não posso acreditar... Eu... Morri?"
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Mensagempor Lumine Miyavi em 09 Mai 2008, 23:28

O globo de luz responde, gentilmente (e piscando enquanto o faz):

- Você não nem vivo nem morto. Está na metade do caminho, entre o seu mundo, e é o mundo superior. Se você acha que está pronto para seguir adiante para a próxima etapa, suba...

O globo brilha mais intensamente.

- Agora, se deseja voltar ao mundo material...
Editado pela última vez por Lumine Miyavi em 11 Mai 2008, 17:33, em um total de 1 vez.
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Mensagempor Moon[K]Night em 09 Mai 2008, 23:47

Kamui fita a luz como se esperasse que ela o desse a resposta correta. Por um momento divaga: Será que isso é real? Estaria sonhando?
Mas, logo, as imagens da recente batalha vem a mente, elas são reais demais para serem apenas partes de um pesadelo. Determinado, vira-se para o Globo de Luz.

"- Quero voltar. Preciso salvar minha Deusa."
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Mensagempor Lumine Miyavi em 10 Mai 2008, 15:10

- É possível, sim. Porém, você tem que fazer uma pequena tarefa! No momento, estamos boiando no "plano-semi-astral-quase-na-outra-vida". Temos que arranjar uma maneira de te mandar de volta... e eu creio que podemos achar essa maneira ali na "esquina dos planos".

Antes que tenha tempo para pensar o Globo de Luz voa contra Kamui e colide com ele criando um clarão intenso que ecoa através das dimensões, numa sensação que uma pessoal normal sequer pensaria em sentir.

Mas morrer também era uma experiência nova para Kamui, então tudo estava certo.




Kamui desperta de joelhos ainda vestido com seu kimono com design alterado, num corredor enorme de mármore, cujo final não pode ser visto, iluminado por tochas esmeraldas. Uma figura angelical o recepciona.

Imagem

- Me siga, sim?

Ele gentilmente diz, com a mesma voz do globo de luz.
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Mensagempor Moon[K]Night em 10 Mai 2008, 22:51

"- Por acaso você é o responsável pelas passagens das almas pelo plano da esquina-do-quase-ali-dos... Você é o responsável por nos levar ali na esquina?"

Diz Kamui, ainda sem compreender o que estaria acontecendo e como aquilo poderia estar acontecendo. Tudo era muito novo para ele. E aquele ser que se encontrava a sua frente, com certeza, tinha algo de muito especial.
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Mensagempor Lumine Miyavi em 10 Mai 2008, 22:55

- "Sim, claro. Pense em mim como um guia turístico não-remunerado. Eu faço isso porque é o certo."

Diz o jovem anjo caminhando pelo longo corredor, gesticulando para que Kamui o siga.
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Mensagempor Moon[K]Night em 10 Mai 2008, 22:59

Kamui decide seguir o jovem anjo pelo corredor de mármore até o local designado.

"- Qual seu nome, jovem alado?"
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