Otherwise escreveu:Acontece que, durante o jogo, a mecânica fica tão focada nos personagens dos jogadores que o jogo vai ficando... digamos... entediante. Principalmente para o Mestre.
Experiências diferentes, mas eu tenho que retrucar quanto a isso:
Otherwise escreveu:1. A quantidade absurda de opções que surgiram para os jogadores com os suplementos e com o Character Builder requer uma proximidade muito forte do Mestre na construção e na evolução dos personagens. Se o Mestre não precisa se preocupar muito com seu trabalho, que foi facilitado, ele precisa se preocupar em acompanhar os personagens dos jogadores.
Pelo menos eu sempre que mestrava acompanhava os jogadores, independente do sistema que eu usasse. Acho que construir as aventuras e desafios com base na ficha dos personagens algo essencial pra um jogo desafiador. Então acho que liberar a carga do DM ajudou a moldar mais os encontros nesse sentido, porque tu tem MAIS tempo pra moldar a aventura.
Otherwise escreveu:2. Os combates são lentos.
O que é uma reclamação
extremamente comum sobre a 4e, e que eu
nunca experimentei. Poucos combates comigo narrando duravam mais de seis rodadas, e em grande parte porque eu acho que eu não tenho muita piedade de aumentar o caos no combate. Eu faço meus monstros provocarem AdOs pra incomodar os arqueiros, faço eles tentarem se desvencilhar do guerreiro, faço ações que eu sei que os jogadores vão aproveitar pra retrucar com ações imediatas... enfim, nos meus combates é comum um monstro ser atacado pelo menos uma vez na rodada dele mesmo.
Claro, pode ser também porque eu nunca narrei em níveis exemplares e épicos.
Otherwise escreveu:É uma faca de dois gumes: se cada jogador respeita o tempo do outro, logo ficará literalmente cansado de esperar; se os jogadores pressionam para que o outro decida logo o que fazer, a chance de o jogador pressionado agir com um alto nível de metagame é bem maior...
Ou ele pode simplesmente pensar no que vai fazer com antecedência. Tudo bem que as vezes acontece de um poder em especial te forçar a alterar seus planos, mas no geral eu vejo o pessoal já chegar no proprio turno sabendo o que vai fazer.
Otherwise escreveu:3. O Mestre não tem muitas opções.
Errado ao extremo. A
melhor característica da 4e é justamente a
enorme liberdade que o mestre tem pra preparar um jogo. Até agora eu não tive um único encontro que eu preparasse e pensasse comigo mesmo "isso em <outro sistema> ficaria bem melhor pra cena que eu imaginei". E justamente porque as regras de criação são tão simples e tão genéricas que eu posso ter uma ficha-padrão de cada papel, e construir o monstro em cima dessa ficha, adicionando poderes temáticos e raciais. Eu consigo criar qualquer monstro em menos de 5 minutos. Sem o Monster Builder.
Otherwise escreveu:Na hora do "vamos ver", o Mestre tem um conjunto de opções, INFINITAMENTE MENOR que as opções dos jogadores. Lembram dos monstros que tinham magias na 3a edição? Davam um trabalho "do cão" para gerenciar, mas davam ao Mestre uma série de cartas na manga que enriqueciam o encontro estéticamente falando.
Poucos monstros ficam vivo tempo suficiente pra usar todas as opções que tem. Ter um poder recarregável e um por encontro é mais que suficiente pra qualquer monstro não-elite.
Pelo menos pra mim, dava raiva ter um demônio com 35 opções de coisas a se fazer no combate, e ele morrer em três rodadas.
Otherwise escreveu:A experiência de jogo desta edição é diferente das edições anteriores. Quando um jogador migra de uma edição para a outra, precisa ter um entendimento claro do que vai encontrar, ou vai se frustrar. Infelizmente, muitos jogadores "da antiga" não tiveram esclarecimentos ou não se abriram para experimentar a 4ed sem isenção.
Quotado só por ser verdade.