Antes mesmo do que eu esperava, apresento-vos Enarfea Kas.

Créditos ao Smaug, Locke e Argh pela ajuda. Tá, especialmente pro Argh, pelo último gancho (tá bom assim?

)
Em tempo: eu adorei o resultado. E por ter adorado, sei que dá pra desenvolver MUITO mais.
A "Guerra dos Penhascos" e o "reino antigo" tão ali pra serem adaptados/encaixados/renomeados/etc.
Enarfea KasHá centenas de anos, o povo antigo dos Maeda se estabeleceu na região de Kas, conhecida por sua natural inospitabilidade, após o êxodo causado pela Guerra dos Penhascos, que desfacelou um reino antigo e despejou seus filhos em todas as direções.
Kas sempre fora um pedaço de terra fria, desértica e agourenta. Durante metade do ano, o povo não conhece a noite, e na outra metade, dorme sob a luz de um sol perdido na escuridão. Talvez raças fracas e selvagens não conseguissem dominar as terras desgarradas e sem vida do ermo gelado, mas não foi assim para os Maeda.
Tendo em seu sangue a força que apenas os descendentes dos reinos feéricos podem ter, os eladrins da estirpe dos Maeda singraram a tundra de Kas, buscando as poucas terras férteis que puderam encontrar; estabeleceram algumas vilas no litoral e, principalmente, em margens de rios e lagos - dos quais Kas é abundante.
Ainda que cobrindo um território relativamente amplo, espalhados por Kas, os filhos dos Maeda aprenderam com seus antepassados o valor da liberdade e da união para um bem comum (já que graças a uma antiga guerra de monarquias que seu antigo reino ruiu). Por este motivo, algumas dezenas de anos após o estabelecimento do povo nas terras frias, instituiu-se uma democracia, e o antigo deserto agourento passou a se chamar
Enarfea Kas, Kas Renascida.
Com o tempo, Enarfea (como é atualmente mais conhecida) cresceu e se desenvolveu, tendo sua economia baseada primeiramente em tudo que vem da água. É uma das regiões mais desenvolvidas (senão a mais aprimorada) na caça marítima e na produção, em cativeiro, de uma variedade imensa de pescados. Tudo gira em torno do mar e dos rios, dada sua agricultura escassa, ainda que persistente.
A produção de vegetais se dá apenas no verão e, ainda assim, é mais valorizada em grande escala para a alimentação do gado do que aproveitada para consumo das famílias enarfen. Durante o inverno, extremamente rigoroso, a caça e a pesca são as únicas atividades que trazem comida às pessoas. No entanto, pela própria natureza feérica dos eladrins e sua longevidade característica, o povo aprendeu a observar os ciclos estivais e invernais, precisando os anos em que poderiam ter um aumento da temperatura e, por conseguinte, uma maior exploração da agricultura local.
Cultura:Longe de seu reino primevo e sempre com esperanças renovadas a cada dia, o povo maeda consiste de uma estirpe de eladrin incomum. Ainda são orgulhosos de tudo o que fazem, e sempre enaltecem o seu povo mais que qualquer outro - porém sem a arrogância característica dos primogênitos da Agrestia das Fadas. São mais pacíficos e abertos, tolerantes com outros povos.
A vida entrelaçada às águas fez dos maeda um povo orgulhoso de suas embarcações e, por extensão, de seu artesanato feito com os materiais encontrados em leitos de rios. Pedras preciosas, gemas e pérolas são extremamente valorizadas e amplamente trabalhadas pelos eladrins de Kas, e sua habilidade é renomada até mesmo em regiões distantes.
Além disso, a fama dos enarfen se dá por um esporte característico da região kasiana: corrida de trenós sobre os leitos de rios congelados. Além de um meio de transporte extremamente rápido durante o inverno, as "estradas frias" servem como ponto de encontro para os maiores festivais desses eladrins do gelo, que aprenderam a resistir às dificuldades com alegria.
Lugares Importantes:A Teia de Vidro, que... não é um lugar específico. Trata-se de uma espécie de malha de estradas formada por diversos lagos e rios que, apenas durante o inverno, têm a superfície congelada, permitindo assim a passagem tranquila de trenós e esquis típicos dos maeda (ou seja, coisas que atingem velocidades absurdas).
As Grutas de Tamlan, um complexo de cavernas completamente congelado; todas as grutas são compostas por salões brilhantes, cujo assoalho é apenas água congelada - não se sabe a profundidade do lago subterrâneo, nem sua extensão exata por todos os "corredores", que nunca foram completamente explorados. Muitas lendas cercam o local, sendo a mais recente a de que pode-se ver sombras se movendo sob a camada cristalina do piso gelado.
O Pico das Pérolas, um penhasco de alturas incríveis, sendo uma queda mortal para o oceano. No alto deste lugar são realizados rituais de batismo e passagem (de morte). Duas vezes ao ano, nos solstícios, há grandes ritos nos quais todo o pico fica entre o plano material e a Agrestia das Fadas. São os dois eventos mais importantes do ciclo anual de Enarfea Kas, nos quais os maeda pedem pela fartura do oceano e das colheitas.
A Vila Vazia e a
Fenda Branca. Há pelo menos setenta anos, uma vila pacata próxima a uma encosta escarpada teve sua população dizimada por um predador inesperado: um dragão branco e sua prole. Sem defesas, muitos morreram no ataque, mas boa parte conseguiu fugir. O povo da vila era constituído de eladrins muito velhos, e estes, em sua rota de fuga para a cidade mais próxima, foram acometidos por uma nevasca, obra do dragão. Em meio à neve, viram um guerreiro vestido de negro, que disse ter a chave da derrota do monstro: a Lâmina do Gelo, uma arma poderosa capaz de matar um dragão com um só golpe. Porém, da mesma maneira que surgiu, o guerreiro desapareceu, deixando apenas a esperança com os maeda perdidos. Estes espalharam a notícia, e desde aquela época, muitos aventureiros vão à Vila Vazia e à grande Fenda Branca, a caverna em que o dragão se fixou, para buscar a tal arma e poder enfrentar o monstro pois, ao que parece, o primeiro guerreiro foi morto antes mesmo de entrar no escuro da montanha, tendo sua arma levada pelo dragão até o seu covil. Pelo menos é isso o que a lenda diz.