GoldGreatWyrm escreveu:As raças de D&D tem conceitos que já estão bem enraizados no imaginário mediano... com exceções de algumas adições, claro, como eladrins e tieflings.
Ou seja, tais regras só poderão ser usados sem alterações se o cenário em questão conter os mesmos conceitos deste imaginario mediano. Não acho que o fato da maioria dos cenários caseiros de fantasia medieval se construirem com base nestes conceitos torne D&D
mais genérico* que TRPG (*usando o termo "genérico" equivalendo a capacidade de se criar cenários em cima da base do sistema)
GoldGreatWyrm escreveu:Mas mesmo assim, nem tanto. Tieflings são "demônios jogáveis". Goliaths são "os caras grandões". Draconatos são "dragões jogáveis". Nenhum deles tem algo que liga muito a um BG específico, como Proteção Mental contra Sondagem sobre a Localização de Doherimm, Medo de Altura, pegue 3 talentos de Tormenta, etc.
Nossa, existe uma habilidade racial ou de classe chamada "Proteção Mental contra Sondagem sobre a Localização de Doherimm"? Arg... Mas claro que estas caracteristicas que você citou teriam que ser alteradas.
E as raças básicas não são apenas "o cara grande", ou "o dragão jogavel" (apesar de que a forma mais concisa da 4ª ed de apresentar material fez muita gente criticar justamente o fato das raças parecerem apenas isso: o dragão jogavel e etc). Estaria mais para "o cara grande que vive nas montanhas e tem uma pele quase rochosa, assim como um grande contato com a natureza e mente serena" (pois são isso que suas estatisticas de jogo dizem), assim como o draconato seria "o dragão jogavel que não é tão dragão porque não voa mas pelo menos cospe fogo, fica agressivo quando atacado e tem orgulho de conhecer detalhes sobre a história de seu povo". Citando o mesmo trecho que tu mencionou antes, sobre draconatos não serem apenas "dragões jogaveis" (incrivel como a possibilidade de malhar tormenta faz as pessoas mudarem de opinião sobre certos assuntos

):
Livro do Jogador, pag 34 escreveu:Play a dragonborn if you want to be the proud heir of an ancient, fallen empire."
Ou seja, uma das primeiras frases sobre a raça já diz que eles tinham um grande império e blablabla. Claro que esquecer isto em prol de uma adaptação ao seu cenário não vai prejudicar em nada o equilibrio da raça (no máximo mudar aqueles +2 em história). Mas se em meu cenário não existe forma de viajar entre planos, nem magicamente, o Passo Feérico do Eladrin já se torna... inexplicavel. Usando a mesma ótica podemos ver criaturas do TRPG (não li, estou apenas imaginando que seja assim) com conceitos como "o minotauro cheio de escravos que não acha que está sendo mau e que tem medo de altura".
Conclusão: Em ambos sistemas o material apresentado é construído em cima de alguns conceitos. Ao adaptar um cenário para o sistema você tem duas opções: alterar seu cenário para que ele contenha tais conceitos do sistema; ou alterar os conceitos do sistema (e as regras que são consequencias destes conceitos) para melhor se adequar à sua ideia de cenário.