Matheus Borges Ziderich escreveu:Escravidão (SEM crueldade, bem entendido) envolve a privação de liberdade. Liberdade não está ligada ao bem ou mal -- mas sim à ordem e caos. Quanto mais ordem, menos liberdade.
Primeiramente na réplica do Madruga:
Madrüga escreveu:SRD escreveu:"Good" implies altruism, respect for life, and a concern for the dignity of sentient beings. Good characters make personal sacrifices to help others.
"Evil" implies hurting, oppressing, and killing others. Some evil creatures simply have no compassion for others and kill without qualms if doing so is convenient. Others actively pursue evil, killing for sport or out of duty to some evil deity or master.
E o eixo ordem-caos:SRD escreveu:Lawful characters tell the truth, keep their word, respect authority, honor tradition, and judge those who fall short of their duties.
Chaotic characters follow their consciences, resent being told what to do, favor new ideas over tradition, and do what they promise if they feel like it.
Personagens leais contam a verdade, mas isso não quer dizer que os caóticos mintam. É simplesmente uma visão mais estrita do que é ser fiel à própria palavra, por exemplo.
Isso é uma interpretação muito rasteira do que seja o eixo caótico, do tipo "se ser caótico é ser livre, ser leal é o contrário". É uma falsa dicotomia, um pensamento malformado e um aproveitamento péssimo da definição de "leal".
Privar outra pessoa de sua liberdade, dignidade ou capacidade de fazer suas próprias escolhas é um ato MAU. Ou você vai me dizer que é um ato LEAL? Se fosse assim, personagens leais e bons seriam pró-escravidão?
E complementado pelo meu:
Iuri escreveu:Só que isso não é verdade (e não é questão de opinião, já que é uma REGRA). Mesmo que escravizar fosse pura e simplesmente a privação de liberdade de outras pessoas, isso não faz com que a escravidão (sem crueldade, que seja... vamos supor que exista) seja uma atitude Leal. O eixo ordem-caos de um personagem depende apenas do idealismo ético de um personagem, e não da forma como ele resolve exercer este idealismo sobre outras pessoas. Se o personagem resolve que quer largar de mão toda sua liberdade ok, posso engolir que ele seja apenas Leal. Se um personagem impõe que outros larguem mão de suas liberdades, então ele está forçando pessoas a agir contra a vontade delas, e isso é apenas Mau (e por favor, vamos desconsiderar que elfos se candidatam a escravos porque isso é a coisa mais ridicula do mundo -e mesmo porque PODEMOS desconsiderar, ja que nem todos escravos de Tapista são voluntários). Note que é possível tu obrigar alguém a abrir mão de sua liberdade SEM que você concorde em abrir mão da sua. Neste caso o personagem seria um "Não-Leal" Mau. Estes minotauros parecem satisfazer muito mais a condição de Mau do que a de Leal (que é apenas um opcional).
Mas vamos encarar a realidade: Escravizar não é APENAS privação de liberdade. Alguém ja disse aí, e eu repito: escravizar é privar de direitos, dos quais liberdade é apenas um. Um escravo não tem mais o direito a uma vida digna, por exemplo. E é possível sim que o minotauro proteja o tal escravo indigno, impedindo que ele tome sequer um arranhão (o que não acontece, como pudemos ver com eles deixando que eles fossem para o campo de batalha -se quisessem proteger não permitiriam, mesmo sendo esta a vontade do escravo- mas vamos ser idealistas aqui) e mesmo assim o humilhe como todo bom escravo merece. Levando isso em conta não tem nem como imaginar que escravidão seja um tema de Ordem X Caos.
Um ponto mais ou menos importante na discussão é a questão da justificativa: mais do que necessidade (necessidade é apenas no caso da reprodução/ estupro), é algo dogmático. Mas se um povo segue um dogma Mau isso apenas confirma que tal povo é Mau (ou pelo menos tem tendencias na direção). Dogmas podem ser considerados Maus? Em D&D sim, já que até deuses podem ser classificados como Bom ou Mau.
Mesmo assim, se o Matheus insiste nessa ideia eu gostaria que ele a justificasse pelas regras de alinhamento do D&D (que ao que dizem são iguais às do TRPG -se não for, então me explique rapidamente as diferenças-). Grato.
Alias, estou começando achar que realmente há uma forma da escravidão em Tapista não ser má e funcionar como o pessoal da TRPG descreve: "Escravizar = Adotar um melhor amigo". Pensa só, o dono do escravo trata ele bem, protege, dá comida, não obriga a nada (quando quer algo pede com jeitinho), e o escravo por sua vez está sempre disposto a fazer o que o dono quer, se oferecendo mesmo a ir pra guerra em nome dele. Se amam tanto que quando de sexos diferentes acabam invariavelmente tendo relações amorosas. Sério, nem eu trato meus amigos com tanto carinho. E a amizade não vai perder seu valor só por ter tido um inicio forçado, vai?






